Infestação do Aedes aegypti em Governador Valadares sobe para 4,6%; risco de epidemia é classificado como alto
03/02/2025
O resultado é maior do que o do último levantamento, realizado em novembro de 2024, quando o índice foi de 4%. O Ministério da Saúde classifica como alto risco de epidemia qualquer índice superior a 4%. Infestação do Aedes aegypti em Governador Valadares sobe para 4,6%, e risco de epidemia é classificado como alto
Crédito: Edu Kapps/SMS
O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025 em Governador Valadares, divulgado nesta segunda-feira (3), apontou que 4,6% dos imóveis pesquisados têm focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O resultado representa um aumento em relação ao último levantamento, realizado em novembro de 2024, quando o índice foi de 4%. O Ministério da Saúde classifica como alto risco de epidemia qualquer índice superior a 4%.
O levantamento foi realizado entre os dias 20 e 24 de janeiro por aproximadamente 60 Agentes de Combate às Endemias (ACEs), que visitaram cerca de 5.800 imóveis em toda a cidade. O clima quente e o período chuvoso, comuns nesta época do ano, contribuíram para o aumento da infestação. 90% dos focos estão dentro das residências.
Os dados do LIRAa mostram que os vasos e pratos de plantas continuam sendo os principais criadouros do Aedes, representando 30% dos focos encontrados. Em seguida, aparecem ralos, calhas e lajes, com 25,6%, e reservatórios de água secundários, como baldes e tonéis, com 20,5%. Outros locais com presença significativa de focos são lixos (13,3%), pneus (9,2%) e caixas d’água (0,7%).
Infestação do Aedes aegypti em Governador Valadares sobe para 4,6%, e risco de epidemia é classificado como alto
Divulgação
A prefeitura alerta que ações simples, como colocar areia nos pratos de plantas, tampar caixas d’água, limpar calhas e eliminar lixos e entulhos, podem evitar a proliferação do mosquito. A população também é orientada a verificar quintais e reservatórios pelo menos uma vez por semana, já que o ciclo de vida do Aedes, do ovo à fase adulta, leva em média 7 dias.
O levantamento também revelou que 10 dos 14 estratos da cidade tiveram aumento na infestação. O estrato com o maior índice foi o 2, que inclui bairros como Grã-Duquesa, Santo Agostinho e Cidade Nova, onde a infestação saltou de 4,3% para 7,6%. Outros estratos com aumento significativo foram o 12 (Atalaia, Ipê e Cidade Jardim), que passou de 3% para 5,3%, e o 3 (Santa Helena, Morro do Carapina e Monte Carmelo), que subiu de 4,4% para 5,8%.
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Alguns estratos, no entanto, apresentaram redução. O 5 (Ilha dos Araújos, JK e São Paulo) caiu de 5,4% para 3,7%, enquanto o 4 (Vila Bretas, Lourdes e São Geraldo) reduziu de 3% para 1,7%. O estrato 1 (Nova Vila Bretas, Mãe de Deus e Altinópolis) teve a maior queda, passando de 1,6% para 0,6%.
Diante do aumento nos índices, a prefeitura de Governador Valadares, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), planeja intensificar as ações de combate ao Aedes, com foco nos estratos mais críticos. A administração municipal também convoca a população a fazer sua parte, dedicando 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito.
A população pode denunciar possíveis focos do mosquito pelo telefone 0800 285 0465.
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